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Synagoga

Recommandé par 16 habitants

Conseils des habitants

André & Sofia
February 20, 2020
A Sinagoga de Tomar é o único templo hebraico proto-renascença existente no nosso país. A planta quadrangular e a cobertura abobadada assente em colunas e mísulas incrustadas nas paredes denotam influências orientais. Foi construída no Séc. XV e encerrada em 1496, aquando da expulsão dos Judeus de Portugal, após o que foi convertida em prisão; no Séc. XVII é referenciada como Ermida de S. Bartolomeu; no Séc. XIXIMG 6875 compress foi palheiro, celeiro, armazém de mercearias e arrecadação. Só o ano de 1921 lhe devolveria a possibilidade de reaver a dignidade perdida, quando foi classificada como Monumento Nacional Samuel Schwarz, judeu polaco investigador da Cultura Hebraica, salvou-a do estado caótico em que se encontrava, adquirindo-a em 1923 e doando-a, em 1939, ao Estado Português para o Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto. Escavações de 1985 mostraram estruturas de aquecimento de águas e talhas, comprovando a existência de sala para banhos purificadores. Na Idade Média, como outros comerciantes, também os Judeus percorriam o país, donde as suas passagens por Tomar não passariam despercebidos ao Infante D. Henrique, que estimulou a sua fixação na Rua da Judiaria (mais tarde Rua Nova e hoje Joaquim Jacinto). É provável que existissem portas nas extremidades ocidental e oriental dessa rua, no cruzamento com as ruas dos Moinhos e Direita, respectivamente, as quais seriam fechadas durante a noite. A referência mais recuada no tempo a esta comunidade data de 1315, sendo indesmentível o seu contributo para o crescimento de Tomar nos Séculos XIV, XV e XVI. A comprová-la, mas pela razão inversa, é significante a resposta, em 1609, da Câmara de Tomar a um pedido da de Lisboa para concessão de apoio financeiro para a organização da recepção ao Rei Filipe II que, de Espanha, deslocar-se-ia a Lisboa; na missiva de resposta, a Câmara de Tomar pedia a compreensão para a impossibilidade de atender ao pedido dada a pobreza dos Tomarenses e ainda estavam “presos pelo Santo Ofício mais de 50 homens de Nação, e ausentes muito mais, os quais eram mui ricos e em cujo trato estava todo o dinheiro deste povo”, numa clara alusão às perseguições religiosas da Inquisição aos Judeus. Simbólica: Nas paredes da Sinagoga, as doze mísulas simbolizam as dozes tribos de Israel. As quatro colunas representam as quatro matriarcas: Sara, Rebeca, Léa e Raquel, estas duas últimas as gémeas filhas de Labão. É por isso que os capitéis decorados com motivos vegetais são em duas colunas e diferentes nas restantes.
A Sinagoga de Tomar é o único templo hebraico proto-renascença existente no nosso país. A planta quadrangular e a cobertura abobadada assente em colunas e mísulas incrustadas nas paredes denotam influências orientais. Foi construída no Séc. XV e encerrada em 1496, aquando da expulsão dos Judeus de P…
Alexandra
February 6, 2022
Visitar também o Centro de Interpretação Judaica no 1.º andar da sinagoga
Manuel
October 19, 2020
A Sinagoga de Tomar é o único templo hebraico proto-renascença exixtente no nosso país. A planta quadrangular e a cobertura abobadada assente em colunas e mísulas incrustadas nas paredes denotam influências orientais. Foi construída no Séc. XV e encerrada em 1496, aquando da expulsão dos Judeus de Portugal, após o que foi convertida em prisão; no Séc. XVII é referenciada como Ermida de S. Bartolomeu; no Séc. XIX foi palheiro, celeiro, armazém de mercearias e arrecadação. Só o ano de 1921 lhe devolveria a possibilidade de reaver a dignidade perdida, quando foi classificada como Monumento Nacional Samuel Schwarz, judeu polaco investigador da Cultura Hebraica, salvou-a do estado caótico em que se encontrava, adquirindo-a em 1923 e doando-a, em 1939, ao Estado Português para o Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto. Escavações de 1985 mostraram estruturas de aquecimento de águas e talhas, comprovando a existência de sala para banhos purificadores. Na Idade Média, como outros comerciantes, também os Judeus percorriam o país, donde as suas passagens por Tomar não passariam despercebidos ao Infante D. Henrique, que estimulou a sua fixação na Rua da Judiaria (mais tarde Rua Nova e hoje Joaquim Jacinto). É provável que existissem portas nas extremidades ocidental e oriental dessa rua, no cruzamento com as ruas dos Moinhos e Direita, respectivamente, as quais seriam fechadas durante a noite. A referência mais recuada no tempo a esta comunidade data de 1315, sendo indesmentível o seu contributo para o crescimento de Tomar nos Séculos XIV, XV e XVI. A comprová-la, mas pela razão inversa, é significante a resposta, em 1609, da Câmara de Tomar a um pedido da de Lisboa para concessão de apoio financeiro para a organização da recepção ao Rei Filipe II que, de Espanha, deslocar-se-ia a Lisboa; na missiva de resposta, a Câmara de Tomar pedia a compreensão para a impossíbilidade de atender ao pedido dada a pobreza dos Tomarenses e ainda estavam “presos pelo Santo Ofício mais de 50 homens de Nação, e ausentes muito mais, os quais eram mui ricos e em cujo trato estava todo o dinheiro deste povo”, numa clara alusão às perseguições religiosas da Inquisição aos Judeus.
A Sinagoga de Tomar é o único templo hebraico proto-renascença exixtente no nosso país. A planta quadrangular e a cobertura abobadada assente em colunas e mísulas incrustadas nas paredes denotam influências orientais. Foi construída no Séc. XV e encerrada em 1496, aquando da expulsão dos Judeus de…
Rita
September 27, 2017
das mais antigas da peninsula ibérica

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Emplacement
73 R. Dr. Joaquim Jacinto
Tomar, Santarém